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No fim é sempre a mesma coisa, tudo se esvai com o passar do tempo. Muita coisa parou de fazer sentido,  alguns pensamentos, ideologias, metas, relacionamentos... Até mesmo esse blog.

"Time is money"

Depois de séculos sem postar nada, lá vem eu chorar minhas pitangas. O tempo está implicando comigo. Odeio não ter tempo pra falar pausadamente com quem eu gosto. Odeio não ter tempo pra fazer o que eu amo. Odeio amar tantas coisas e não ter tempo de fazer todas elas. Odeio não ter tempo pra fazer o que eu não gosto também. De sentar, ouvir música sem me preocupar com o tempo que estou perdendo quando poderia estar fazendo o que eu deveria estar fazendo... Odeio não ter tempo pra escrever sobre meu ódio pela falta de tempo. Mais um post sobre o tempo.

Tempo.

O tempo corre, corre que nem louco, e muitas vezes a gente acaba ficando pra trás, com os nossos pensamentos e desejos. Desejos que daqui há um tempo, vão se realizar e acabar. O tempo corre, e nós nos afundamos cada vez mais nas nossas ansiedades. Nesse mundo, nunca seremos satisfeitos. E  o que temos de bom e verdadeiro é amar. Amar, e assim a vida passará. E nós iremos saborear cada dia que vivemos, intensamente, sendo feliz e amando. Sempre insatisfeitos e infelizes neste corpo. Paro pra pensar nas décadas que já se passaram, pessoas que viveram sua infância, juventude e velhice. me pergunto como deve ter sido, bom, ruim? a morte, como é? aparece mesmo uma luz branca no fim do túnel? Somos estrangeiros, estamos de passagem. Daqui há pouco virá outras décadas e não estaremos mais aqui. E as infinitas perguntas sobre vida e morte surgiram na cabeça de outros humanos, daqui, sei lá... cem anos. Amar, compartilhar, família, amigos e o próximo. Pra que se estressar com coisas bobas ou até mesmo as sérias? Viva, ame. Não é fácil, eu sei. Mas tente, mesmo que tenha que recomeçar todos os dias. Pare, conte até dez e volte a sorrir. Tente.

that's what I want.

Nostalgia

Revirando as caixas velhas e empoeiradas daquela casa nostálgica com seus quartos e salas grandes, me peguei assistindo uma cena da minha infância, correndo pra lá e pra cá com meus primos e meus irmãos, sem medo de nada, sem que nada pudesse nos deter ou nos amedrontar, juntos estávamos fortes. tínhamos um castelo nosso, a casa do nosso tio! Escrevíamos tudo num diário de aventura e guardávamos numa lata, debaixo de algum assoalho velho e solto, que pra nós, era onde ficava nosso tesouro. Fazíamos mil e uma promessas que nunca nos separaríamos, e onde quer que nós fossemos, nos lembraríamos uns dos outros. Voltando pra minha realidade, sentado no chão daquela casa velha, sem móveis algum onde não habitava mais ninguém, de repente me deu uma saudade. Saudade de tudo aquilo que era bom, que me fazia feliz. Era simples, quase nada, mas fazia de mim, a pessoa mais feliz desse mundo! Só agradeço a Deus pelos primos, irmãos e a família maravilhosa que Ele me deu, me sinto tão privilegiado por isso...

Le fabuleux destin d'Amélie Poulain